Foram investidos no ano passado R$ 1,013 bilhão em 19.692 projetos de pesquisa, valor 3,5% superior ao desembolsado em 2020
Foram investidos no ano passado R$ 1,013 bilhão em 19.692 projetos de pesquisa, valor 3,5% superior ao desembolsado em 2020
Foram investidos no ano passado R$ 1,013 bilhão em 19.692 projetos de pesquisa, valor 3,5% superior ao desembolsado em 2020
Foram investidos no ano passado R$ 1,013 bilhão em 19.692 projetos de pesquisa, valor 3,5% superior ao desembolsado em 2020
Jussara Mangini | Agência FAPESP – A FAPESP encerrou 2021 com uma carteira comprometida com projetos e bolsas, já aprovados e em execução, no valor de R$ 1,86 bilhão. Esse resultado sinaliza o esforço da Fundação para estimular o retorno à normalidade das atividades de pesquisa em São Paulo impactadas pela pandemia de COVID-19, em razão do comprometimento da operação de laboratórios e programas de pós-graduação, no país e no exterior.
“O ano de 2021 foi de transição, em que a sociedade e as comunidades acadêmica e empresarial retomaram progressivamente suas atividades, após a grande catástrofe da pandemia. A FAPESP procurou estimular o crescimento da atividade de pesquisa por meio de suas estratégias tradicionais e de iniciativas inovadoras, buscando resultados para aplicação direta na sociedade e nas políticas públicas”, diz Marco Antonio Zago, presidente da Fundação.
O Relatório de Atividades da FAPESP 2021 informa que a Fundação destinou R$ 1,013 bilhão (desembolso efetivo no ano) ao fomento de 19.692 projetos de pesquisa, valor 3,5% superior ao desembolsado em 2020.
O dispêndio com Auxílios à Pesquisa aumentou 15,6% em comparação com 2020 enquanto o fomento com Bolsas foi 10% inferior em relação ao mesmo período. Comparado ao patamar anterior à pandemia de COVID-19, o desembolso total de 2021 foi 19,4% inferior ao de 2019: uma redução de 23% dos recursos para Bolsas e de 16,4% para Auxílios.
Dos 19.692 projetos em andamento, 6.823 foram contratados no ano, selecionados entre as mais de 20 mil propostas submetidas à Fundação no período.
No que diz respeito ao apoio à formação de recursos humanos para C&T, a FAPESP desembolsou R$ 368,8 milhões com 11.469 bolsas regulares, da iniciação científica ao pós-doutorado, no país e no exterior. Esse número contabiliza as bolsas de formação não vinculadas a Auxílios e aquelas concedidas no orçamento dos projetos de pesquisa. O valor, embora corresponda a 36,4% do desembolso anual em 2021, é 11,7% inferior ao de 2020 e 25,3% menor do que o de 2019.
Para acelerar a reversão desse quadro, a FAPESP adotou uma série de iniciativas para estimular carreiras de pesquisa, criou novas modalidades de bolsa e de auxílios e lançou um programa de mentoria para pós-doutorandos de todas as áreas do conhecimento.
No período, cresceu 24% o aporte a projetos de Pesquisa para o Avanço do Conhecimento. Dos R$ 563,6 milhões, correspondentes a 55,6% do dispêndio total da Fundação, R$ 440,1 milhões foram direcionados a 5.338 pesquisas de longo prazo, desenvolvidas no âmbito de projetos Temáticos, Jovens Pesquisadores, dos 17 Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPIDs), entre outros programas. Em 2021 a FAPESP abriu processo de seleção de 18 novos CEPIDs, a serem escolhidos até 2026. Outros R$ 123,5 milhões foram destinados a projetos individuais de pesquisadores com título de doutor, implementados em curto prazo, por meio de Auxílios Regulares.
Também cresceu 24% o apoio à Pesquisa em Temas Estratégicos, modalidade que abrange um conjunto de programas por meio dos quais a FAPESP procura estimular investigações em temas-chave para o desenvolvimento do Estado de São Paulo.
O Programa de Pesquisa em Bioenergia (BIOEN) lançou um edital em conjunto com a Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente para a seleção de projetos relacionados à valorização de resíduos urbanos e agroindustriais com aplicação em bioenergia.
A FAPESP também lançou o segundo edital para a constituição de novos Centros de Ciência para o Desenvolvimento (CCDs), cujo resultado foi anunciado em agosto. Trata-se de uma nova abordagem de fomento, que articula pesquisas focadas em demandas sociais e econômicas de São Paulo, desenvolvidas em parceria por pesquisadores em universidades, secretarias de Estado, instituições públicas e privadas, no país e no exterior, e empresas.
A Pesquisa para Inovação recebeu R$ 86,6 milhões, equivalente a 8,6% do total desembolsado no ano e 12% inferior a 2020. Desse montante, R$ 63 milhões foram destinados para o programa Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE) no apoio a 1.346 projetos desenvolvidos por 209 startups e pequenas empresas em 44 municípios paulistas. Uma nova modalidade – PIPE-Transferência de Conhecimento (PIPE-TC) – foi criada para fomentar o desenvolvimento de soluções inovadoras por meio de parcerias entre empresas e instituições de pesquisa.
Para os 13 Centros de Pesquisa em Engenharia e Centros de Pesquisa Aplicada (CPEs/CPAs), constituídos em parceria com nove empresas e uma organização social, a FAPESP direcionou R$ 18,3 milhões. Em 2021, 203 projetos de pesquisa estavam em andamento. Três novos centros entraram em operação no ano: o primeiro em parceria com a Braskem, para pesquisa em plasticultura; o segundo com a GSK, para investigação de novos alvos para imunoterápicos em tumores que não respondem bem aos tratamentos atuais; e o terceiro com a Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal, voltado a estudos sobre a primeira infância.
Ainda na perspectiva do apoio à inovação, a FAPESP e o Sebrae-SP firmaram convênio no valor de R$ 150 milhões com o objetivo de financiar, por um período de seis anos, cerca de 150 empresas, no âmbito do programa PIPE, e facilitar o acesso ao mercado e o desenvolvimento de provas de conceito. A Fundação também lançou duas chamadas no âmbito do programa Finep - Tecnova II, com o objetivo de apoiar o desenvolvimento de produtos ou processos inovadores de empresas.
Com o programa Pesquisa em Parceria para Inovação Tecnológica (PITE) foram gastos R$ 4,4 milhões, com destaque para o convênio firmado entre FAPESP e Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). As instituições vão cofinanciar projetos de pesquisa para a modernização do setor de saneamento.
Comemorações
Em 2021 teve início o calendário de atividades para a celebração dos 60 anos da FAPESP, completados em 23 de maio de 2022. Entre outras iniciativas, em 2021 foram realizadas sete das 17 Conferências FAPESP 60 anos planejadas para o biênio 2021-2022, que reuniram especialistas do Brasil e do exterior para debater temas estratégicos e contribuir para uma reflexão mais acurada sobre o futuro. Também no âmbito das comemorações, foram lançados seis dos dez fascículos digitais do livro FAPESP 60 anos – Ciência, Cultura e Desenvolvimento. A versão digital antecipou a edição impressa, que foi lançada na data do aniversário da Fundação.
A FAPESP busca criar e ampliar oportunidades de pesquisa colaborativa entre pesquisadores de instituições do Estado de São Paulo e de outros países. Em 2021, estavam vigentes 249 parcerias para colaboração e cofinanciamento em pesquisa com 190 organizações estrangeiras e 59 nacionais. Foram firmados sete novos acordos de cooperação e anunciadas 34 chamadas com 21 organizações estrangeiras e 11 nacionais.
Ao todo, a Fundação destinou R$ 134,8 milhões a 2.554 projetos de pesquisas colaborativas. A FAPESP também aderiu a duas chamadas internacionais – com a Trans-Atlantic Platform (T-AP) for the Social Sciences and Humanities e com a Organização das Nações Unidas (ONU) – para seleção de projetos de pesquisa colaborativa com o objetivo de propor soluções para mitigar os efeitos sociais da pandemia de COVID-19 e subsidiar políticas públicas voltadas à recuperação da crise econômica decorrente.
Em 2021, a FAPESP deu um passo importante para consolidar sua agenda de sustentabilidade mobilizando-se, junto com outras Fundações de Amparo à Pesquisa (FAPs) e seu Conselho Nacional (Confap), além do Conselho Nacional de Secretários Estaduais para Assuntos de CT&I (Consecti), para criar a Iniciativa Amazônia +10, com o objetivo de apoiar pesquisas científicas e tecnológicas sobre a floresta, as interações natureza e sociedade com vistas ao desenvolvimento sustentável e inclusivo da Amazônia Legal.
A FAPESP deu continuidade ao financiamento de projetos de pesquisa sobre o SARS-CoV-2 e a COVID-19 e seguiu apoiando o desenvolvimento de tecnologias voltadas ao diagnóstico e tratamento da doença, assim como de vacinas contra a doença. Apoiou a quinta e última fase do projeto EPICOVID-19 BR, que analisou a prevalência de infecção pelo SARS-CoV-2 em todo o país, e o Projeto S, em Serrana, um estudo conduzido pelo Instituto Butantan que avalia o impacto da vacina CoronaVac no combate à COVID-19.
Lançou a Campanha #VacinaSim, veiculada em vídeos nas redes sociais da Agência FAPESP. Em cada uma das postagens, pesquisadores e formadores de opinião enfatizaram a importância da vacinação no controle da doença e conclamaram o público a confiar na ciência e nas vacinas.
O interesse do grande público pela ciência, registrado em 2020, primeiro ano da pandemia, e a atenção da mídia nacional e internacional por conteúdo informativo produzido pelos veículos de divulgação científica da FAPESP se mantiveram em 2021: foram publicadas mais de 38 mil notícias sobre projetos de pesquisa apoiados pela FAPESP, volume 20% superior ao de 2020, a maioria delas divulgada pela Agência FAPESP e pela revista Pesquisa FAPESP. A essa visibilidade, somou-se o reconhecimento: em 2021 a Agência FAPESP ficou em primeiro lugar na categoria Agência de Notícias no Prêmio Einstein +Admirados da Imprensa de Saúde e Bem-Estar, concedido pelo site Jornalistas&Cia e pela Sociedade Beneficente Albert Einstein, e está concorrendo novamente na edição 2022 da premiação.
O Relatório de Atividades da FAPESP 2021 pode ser acessado em: fapesp.br/relatorio2021.
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