Centros vão tratar de temas como biodiversidade e mudanças climáticas, resistência antimicrobiana, biologia de bactérias e bacteriófagos, medicina teranóstica contra o câncer e a pegada de carbono da agricultura tropical (ilustração: Sirio Cançado/Agência FAPESP)
Centros vão tratar de temas como biodiversidade e mudanças climáticas, resistência antimicrobiana, biologia de bactérias e bacteriófagos, medicina teranóstica contra o câncer e a pegada de carbono da agricultura tropical
Centros vão tratar de temas como biodiversidade e mudanças climáticas, resistência antimicrobiana, biologia de bactérias e bacteriófagos, medicina teranóstica contra o câncer e a pegada de carbono da agricultura tropical
Centros vão tratar de temas como biodiversidade e mudanças climáticas, resistência antimicrobiana, biologia de bactérias e bacteriófagos, medicina teranóstica contra o câncer e a pegada de carbono da agricultura tropical (ilustração: Sirio Cançado/Agência FAPESP)
Agência FAPESP – Foram anunciados ontem (29/03) os cinco novos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPIDs) que serão apoiados pela FAPESP por um período inicial de cinco anos, que poderá ser estendido, no máximo, por mais dois períodos de três anos. Os projetos foram selecionados entre as 38 propostas submetidas ao edital lançado em 2021, abrangendo as ciências de saúde, biológicas, agronomia e veterinária.
A Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) vai abrigar um CEPID dedicado a estudar a questão da resistência antimicrobiana, que compromete a eficácia da prevenção e do tratamento de um número crescente de infecções por vírus, bactérias, fungos e parasitas. O trabalho será coordenado pelo professor da Escola Paulista de Medicina Arnaldo Colombo.
Já Carlos Eduardo Cerri coordenará na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq-USP) um centro voltado a pesquisas sobre carbono na agricultura tropical.
No Centro de Hematologia e Hemoterapia da Universidade Estadual de Campinas (Hemocentro-Unicamp), o professor Carmino Antonio de Souza, da Faculdade de Ciências Médicas (FCM-Unicamp), coordenará um CEPID dedicado a inovar em uma área da medicina conhecida como teranóstica – que envolve o uso de nanotecnologia para diagnóstico e tratamento do câncer.
A dinâmica da biodiversidade no contexto das mudanças climáticas será o tema do CEPID coordenado pela professora Leonor Patricia Morellato no Instituto de Biociências da Universidade Estadual Paulista (IB-Unesp) em Rio Claro.
E, no Instituto de Química da USP, o professor Shaker Chuck Farah vai liderar pesquisas relacionadas à biologia de bactérias e bacteriófagos (vírus que infectam bactérias).
“Essas cinco propostas foram aprovadas por unanimidade pelo painel de especialistas convidados para a avaliação e referendadas pelo CTA [Conselho Técnico-Administrativo] e pelo Conselho Superior da FAPESP. Contudo, todas as propostas apresentadas tinham qualidades e certamente representam oportunidades para o futuro. Teremos uma nova chamada para essa mesma área do conhecimento dentro de dois anos e os grupos que não foram contemplados nesta rodada terão oportunidade de rever o projeto”, afirma o diretor científico da FAPESP, Luiz Eugênio de Mello.
Maior diversidade
Estabelecido pela FAPESP em 1998, o Programa CEPID financia projetos de pesquisa que abordam perguntas transformativas do conhecimento atual e cujos resultados possam ter impactos positivos para a sociedade. Os CEPIDs devem realizar pesquisas ousadas de excelência internacional em temas relevantes em sua área do conhecimento. O programa procura agregar pesquisadores em torno de questões de pesquisa fundamentais ou orientadas para aplicações para se transformar em um centro de classe mundial em pesquisa.
Em 2000 foram contratados os primeiros 11 centros em todas as áreas do conhecimento. Uma segunda chamada do programa contratou os atuais 17 CEPIDs vigentes desde 2013. Em 2021, a FAPESP lançou um novo edital prevendo chamadas anuais divididas por grandes áreas: ciências da saúde, biológicas e agronomia e veterinária (em 2021); ciências humanas e sociais, arquitetura e urbanismo, economia e administração (em 2022), ciências exatas e da terra e engenharias (em 2023) e assim por diante.
A primeira chamada para os CEPIDs, em 2021, recebeu inicialmente 38 propostas. A avaliação envolveu mais de 140 especialistas internacionais e nacionais seguindo o procedimento definido no edital. Esse processo de avaliação levou à aprovação de cinco projetos, o que constitui o processo mais competitivo do programa desde seu lançamento (taxa de sucesso de 13%).
“Os novos CEPIDs aprovados representam um aumento na diversidade tanto em termos de áreas de pesquisa como de instituições-sede, o que representa uma evolução positiva”, afirma Roberto Marcondes, coordenador do Programa CEPID.
Projetos aprovados:
2021/10599-3
CEPID: The Antimicrobial Resistance Institute of São Paulo (The Aries Project)
Coordenador: Arnaldo Lopes Colombo (EPM-Unifesp)
2021/10573-4
CEPID: Center for Carbon Research in Tropical Agriculture (CCARBON)
Coordenador: Carlos Eduardo Pellegrino Cerri (Esalq-USP)
2021/10265-8
CEPID: Cancer Theranostics Innovation Center (CancerThera)
Coordenador: Carmino Antonio de Souza (Hemocentro-Unicamp)
2021/10639-5
CEPID: Center for Research on Biodiversity Dynamics and Climate Change
Coordenadora: Leonor Patricia Cerdeira Morellato (IB-Unesp)
2021/10577-0
CEPID: Biology of Bacteria and Bacteriophages Research Center
Coordenador: Shaker Chuck Farah (IQ-USP)
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