Novo acordo visa simplificar o desenho de novos instrumentos e ferramentas de colaboração entre pesquisadores paulistas e norte-americanos (foto: University of Tennessee, Knoxville/ERC-NSF)
Novo acordo visa simplificar o desenho de novos instrumentos e ferramentas de colaboração entre pesquisadores paulistas e norte-americanos
Novo acordo visa simplificar o desenho de novos instrumentos e ferramentas de colaboração entre pesquisadores paulistas e norte-americanos
Novo acordo visa simplificar o desenho de novos instrumentos e ferramentas de colaboração entre pesquisadores paulistas e norte-americanos (foto: University of Tennessee, Knoxville/ERC-NSF)
Maria Fernanda Ziegler | Agência FAPESP – A FAPESP e a National Science Foundation (NSF), dos Estados Unidos, assinaram um memorando de entendimento (MoU, na sigla em inglês) com o objetivo de incentivar e apoiar a interação em áreas de interesse mútuo, no campo da ciência e da tecnologia, entre pesquisadores do Estado de São Paulo e dos Estados Unidos, por meio do financiamento de projetos de pesquisa conjuntos.
O memorando tem duração de cinco anos e pode incluir a coordenação de projetos, programas e instalações específicas, além de atividades de pesquisa e ensino.
“Ao longo dos últimos anos a FAPESP lançou uma série de chamadas em parceria com a NSF, mas com esse memorando avançamos ainda mais na colaboração científica entre as duas agências. Este é um acordo raro por sua amplitude, pois engloba todas as oito divisões da NSF e, portanto, todas as áreas de interesse da FAPESP. É um dos acordos mais abrangentes e importantes que já tivemos com outra agência de fomento”, afirmou Marco Antonio Zago, presidente da FAPESP.
“NSF e FAPESP compartilham um compromisso mútuo com o avanço da ciência e da tecnologia”, disse o diretor da NSF, Sethuraman Panchanathan, em comunicado divulgado no site da instituição. “Aguardo com expectativa as tremendas oportunidades que resultarão desta colaboração entre as nossas organizações, que têm visões semelhantes. Com esta nova parceria, poderemos criar mais oportunidades para pesquisa colaborativa, educação e treinamento em STEM [acrônimo formado pelas iniciais das palavras ciência, tecnologia, engenharia e matemática, em inglês].”
Além de abranger todas as áreas de conhecimento, o MoU tem por objetivo desencadear novos instrumentos de colaboração, parcerias e chamadas de propostas entre pesquisadores paulistas e norte-americanos.
“Acordos dessa magnitude não se materializam da noite para o dia, mas são fruto de uma reputação alcançada ao longo de décadas e, mais recentemente, de um esforço específico decorrente de inúmeros contatos entre a FAPESP e a NSF em diferentes níveis. No caso desse acordo com a NSF, trabalhamos com o objetivo claro e contamos com a reciprocidade sob a liderança do Panch [Sethuraman Panchanathan]. Nossa cooperação com os Estados Unidos alcançará novos patamares de relevância e qualidade”, comentou Luiz Eugênio Mello, diretor científico da FAPESP.
Agenda conjunta
Após a assinatura do acordo, ambas as agências estão identificando as áreas de interesse e novas propostas de colaboração para apresentar. A expectativa é que uma série de novas iniciativas seja lançada já em 2023 e uma agenda de atividades conjuntas seja ampliada nos próximos anos.
Uma das iniciativas que surgem no curto prazo é a chamada de propostas da NSF em parceria com o Programa BIOTA-FAPESP, cujo objetivo é avaliar o impacto das mudanças climáticas nos organismos vivos.
O edital é um desdobramento de um acordo de colaboração que já existia entre o BIOTA e a divisão de biodiversidade da NSF. No entanto, o memorando expande essa cooperação já estabelecida para todas as áreas, com a possibilidade de novas chamadas de cooperação em pesquisa.
Outra iniciativa que está sendo desenhada é a realização de workshops em São Paulo para o desenvolvimento de um programa que estreite a conexão entre os Centros de Pesquisa em Engenharia (CPEs) e os Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPIDs) da FAPESP com os Engineering Research Centers da NSF.
Há também o interesse de convidar membros da divisão de Matemática e Ciências Físicas da NSFpara participar da iniciativa de um programa sobre tecnologias quânticas que está sendo elaborado pela FAPESP. Outra área que deve ser priorizada é o compartilhamento de experiências entre o Programa FAPESP de Pesquisa Inovativa (PIPE) e o Small Business Innovation Research (SBIR).
Com a assinatura do acordo, uma das possibilidades é oferecer para cientistas paulistas a chance de participar de chamadas em parceria com cientistas norte-americanos. O modelo é idêntico ao que a FAPESP tem com a agência de fomento do Reino Unido, em que um pesquisador de São Paulo e um colega norte-americano elaboram um projeto conjunto. Caso a proposta seja aprovada, cada agência financia sua parte, tornando o projeto muito maior do que seria de forma isolada.
Saiba mais sobre o MoU em: fapesp.br/acordos-nsf.
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